domingo, 5 de junho de 2011



(Entra Yara e Rodrigo)
Yara/Carla: Você não deveria ter deixado a Duda ir, Eurico! Parece que não pensa, onde será que anda essa menina?

Rodrigo/Eurico: Calma mulher! A culpa não foi só minha, eu disse que ela não podia viver na Europa sozinha, ela não levantava nem a própria roupa do chão!

Yara/Carla: E o francês? Não sabia falar direito nem uma palavra se quer!

Rodrigo/Eurico: Ai meu Deus, onde será que ela se meteu? A deixamos no aeroporto, com uma mochila nas costas. Mas ela quis, agora que arque com as consequências!

(Saem Yara e Rodrigo, do outro lado entra Jeane)
(Passam-se dias, e eles continuam a espera de notícias de Duda. Duda do outro lado limpa a casa, e tenta fazer café. Como não sabe, desiste, e liga pra pedir ajuda à mãe. O telefone toca no Brasil, e Eurico atende.)

(Entra Yara e Rodrigo)
Rodrigo/ Eurico: A essa hora da madrugada? Diga quem é Carla?!

Yara/Carla: Calma, é ligação a cobrar...

Jeane/Duda: Alô? Mãe?

Rodrigo/Eurico: Quem é?

Yara/ Carla: Minha filha?!

Jeane/Duda: Não posso falar muito, mãe. Como que se faz café?

Rodrigo/Eurico: Onde ela tá? Ela tá bem?

Yara/Carla: Quê?

Jeane/Duda: Como que faz café, diz rápido!

Yara/Carla: Com água, pó de café, com... Mas minha filha, onde é que você está?

Rodrigo/Eurico: O que? Me responde mulher! Manda ela voltar pra casa, agora! Se não, vou buscá-la!

Jeane/Duda: Estou trabalhando de "au pair" num apartamento. Ih, não posso falar mais mãe, me desculpa. Eles estão chegando. Depois eu te ligo, ta? Valeu, tchau!

(Jeane sai de cena)

Rodrigo/Eurico: Eai? Diz!

Yara/Carla: Ela desligou...

Rodrigo/Eurico: Como assim? Você é uma besta mesmo! Onde ela está, ela disse?

Yara/Carla: Ela disse alguma coisa sobre “óper”...
Rodrigo/Eurico: Nossa Carla! Deve ser ópera, demente! O francês dela não melhorou...

(Yara e Rodrigo ficam se movimentando, entrando e saindo, enquanto Jeane realiza trabalhos domésticos.)

(Passam-se novamente vários dias, até outra notícia de Duda chegar, novamente por telefonema, e de madrugada.)

Jeane/Duda: Mãe, alô? É o seguinte, como se troca fralda de criança?

Yara/ Carla: Minha filha, você ta grávida?

Jeane/Duda: Aham, e eu vou trocar a fralda dele dentro da minha barriga! Nossa Senhora. Agora me diz rápido mãe! A criança tá borrada e chorando aqui! Fica queta!

Rodrigo/Eurico: Tadinha da criança... Vê se diz pra ela voltar pra casa dessa vez!

Yara/Carla: Desligou novamente.

Rodrigo/Eurico: Arrghh!

(Yara e Rodrigo saem)
(Eles voltam a dormir, até que o telefone toca novamente.)
(Jeane entra em cena, telefone toca, e Rodrigo e Yara também)

Jeane/Duda: Oi mãe, agora posso falar... Meus patrões sairam, o cagão tá dormindo. Sou "au pair" mãe, empregada, faz-tudo. A princípio tive alguma dificuldade com os aparelhos, como o aspirador, que precisa ser ligado na tomada... Sabia? Os patrões me adoram. E eu prometi que na semana seguinte prepararia uma autêntica feijoada brasileira para eles e alguns amigos.

Yara/Carla: Ai, assim fico mais tranqüila... Mas, você sabe fazer feijoada?

Jeane/Duda: Era isso o que eu queria falar com você mãe, pra começar, como se faz arroz?

(Elas fingem falar, enquanto o narrador diz, e depois voltam a conversa)
(Ela explica, e Duda promete ligar no dia seguinte da feijoada.)

Yara/Carla: Eai, como foi?

Jeane/ Duda: Formidable! Um sucesso. Para o próximo jantar, vou preparar aquela sua moqueca.

Yara/Carla: Pegue o peixe...

Rodrigo/Eurico: Ai meu Deus...

(A mãe anda conflita pelo cenário enquanto o narrador fala)
(A moqueca também foi um sucesso! O tempo passou, e Duda dessa vez queria saber como se fazia o suflê de chuchu, e a mãe ficou preocupada novamente, por isso a mãe decidiu dar à filha a receita errada, a receita de um fracasso. Ela estava medo de que a filha nunca mais voltasse, que a Duda se consagrasse como a melhor opér da Europa e não voltasse nunca mais. Todo o destino num suflê. A mãe deu a receita errada. Mas com o coração apertado. Passaram-se dias, semanas, sem uma notícia da Duda. A mãe imaginando o pior, por exemplo, casais intoxicados, jantar em Paris acaba no hospital. Ou imaginando a chegada de Duda em casa, desiludida com sua aventura parisiense, pronta para tentar outra vez o vestibular. O que veio foi outro telefonema da Duda, um mês depois. Apressada de novo e no fundo, o som de bongôs e maracas.)

(Jeane entra novamente, e o telefone toca)

Jeane/Duda: Mãe, pergunta pro pai como é a letra de Cubanacã!

Yara/Carla: Minha filha...

Jeane/Duda: Pergunta, é do tempo dele. Rápido que eu preciso pro meu número musical.

Yara/Carla: Eurico, como é a letra de Cubanacã?

Rodrigo/Eurico: Arrá! Ela sempre fez pouco caso do meu gosto musical e agora precisa dele!

Jeane/Duda: Manda ele dizer, rápido! Que lerdeza...

Yara/Carla: Ai Deus, Eurico?

Rodrigo/Eurico: MANDA ESSA MENINA VOLTAR PRA CASA, AGORA!



Relatório Final - Sufle de Chuchu 





























 Nós gostamos muito de apresentar esse trabalho. Mesmo com alguns problemas nós tivemos um bom desenvolvimento e um ótimo rendimento. No dia da apresentação do teatro, ficamos um pouco nervosos, mas conseguimos cumprir nossas metas. Tiramos nota 4.0 e nos orgulhamos disso!

2 comentários: